Rewind :: Half-Life



Ahn, nada melhor que se curar da ressaca da noite de natal jogando um belo FPS de qualidade. Mas, qual FPS ideal para fazer isso ? Bem, minha escolha no momento é o surpreedente Half-Life e seus extensos e sombrios laboratórios infestados de cientistas zumbificados por aliens vindos de outra dimensão, e para comemorar a 15ª vez que jogo esse clássico de cabo-a-rabo, decidi escrever uma deliciosa análise pra você, caro leitor.

Half-Life surgiu em 1998 como um dos títulos pioneiros da poderosa Valve, hoje dona do império de compras virtuais de jogos a Steam. O título se tornou algo tão popular na sua época que vários Mods surgiram na rede, o mais famoso dele e também o mais bem sucedido, é o FPS Multiplayer Counter-Strike e o maravilhoso e viciante Team Fortress.

Half-Life ganhou diversos elogios e prêmios de Melhor Jogo do Ano de diversas mídias especializadas no assunto, sejam elas revistas ou critícos. A base do jogo é uma mistura de Survival-Horror com Ficçao-Cientifíca com um esquema de imersão impressionante, que prende você do começo ao fim de forma inteligente, uma coisa que praticamente era deixado de lado em muitos jogos do gênero na época.




No controle de Gordon Freeman, um especialista em fisíca-teórica e Ph.d em seu primeirissímo dia de trabalho na misteriosa Black Mesa, localizada em Novo México. O Jogo começa em uma cabine sobre trilhos que o leva até o espaço de pesquisas com uma calma e feminina voz que descreve detalhe por detalhe sobre seu novo Ambiente de Trabalho.

Freeman começa seu dia de forma cômica destruíndo um Micro-ondas da empresa e fuçando os armários errados. Logo depois de pegarmos nossa roupa especial - marca registrada da série, demarcada com a décima primeira letra do alfabeto grego - ganhamos nosso primeiro objetivo, que é prosseguir para a sala onde materiais anômalos devem ser pesquisados pelo azarado nerd.

Lá está Gordon, indo e vindo numa sala gigantesca onde um misterioso cristal deve ser estudado por uma máquina enorme e animalesca, quando ele faz merda apertando algo que não devia e liberando uma espécie de portal bidimenssional que traz para nosso planeta horrendas criaturas que em poucos segundos desmembra e parasita diversos cientistas locais, e arrasa completamente com toda a estrutura da Black Mesa em segundos.

Como a situação ainda está muito fácil, o Governo envia seus homens de bem para exterminar as provas de que houve algo de errado com a base de pesquisas e claro, levar junto com as provas seus sobreviventes. 




Gordon porém, se sobressai por ambas as dificuldades armado com algumas armas E O Pé-de-cabra, arma essa que é uma benção nas mãos certas, e ainda conssegue entrar na dimenssão dos aliens e parar com a escravidão de um ser superior que estava controlando toda uma raça de alienigenas.



Gráficos: 4\5

Half-Life apresenta um bélissimo trabalho de Level Design trazendo cenários exuberantes e grandiosos, sem deixar o lado sombrio de lado. Há muitas partes do jogo que fica impossível não se lembrar do design de fases de Super Metroid (SNES) que foi influenciado mais tarde por HL em Metroid Prime. Os modelos de personagens porém envelheceram um pouco mal, sendo muitos deles quadradões de mais para os padrões de hoje, creio que os aliens têm seu charme ainda hoje pois têm muitos detalhes que cumprem com seu papel de assustar o jogador de forma que ele não solte o gatilho,. Um destaque legal de Design de Inimigos são os cientistas parasitados, que tem um Alien Acoplado em suas carecas e enormes garras sujas com sangue buscando eliminar qualquer coisa que respire, em quanto seu estômago com orgãos a amostra palpita por sangue.

Jogabilidade: 5\5

Half-Life trouxe um esquema de jogabilidade demasiado dinâmico para sua época. Apesar de Gordon muitas vezes parecer escorregar nas escadas, ele se move de forma rápida e suave. Gordon pode destruir barris com gasolina - ocasionando uma enorme explosão -, esconder-se para surpreender soldados inimigos, agachar-se para entrar em dutos de ar, pular a alturas recordistas e usar diversas armas encontradas pelo decorrer do jogo.
Half-Life também trouxe uma das primeiras experiências no uso de Iluminação Dinâmica em um jogo de Video-Game com a lanterna acoplada á armadura, que vem a ser um item muito importante em diversas partes do jogo.

Música: 5\5

Half-Life soube muito bem aproveitar o fator Susto\Tensão ao cortar músicas durante o gameplay, utilizando-as somente em partes importantes, e soube mais ainda utilizar seus efeitos sonoros para tal, um exemplo claro disso é o cuidado com o barulho de passos em diferentes superficies, e os berros de aliens e a dublagem exemplar de personagens.




Gran Finale!

Half-Life ao meu ver, dá um banho em FPS atuais que não se importam em aprofundar seu enredo e sim em jogar o seu jogador em um inferno de balas. Com uma jogabilidade sólida e bem desenvolvida, cenários bem detalhados e construídos, e um personagem carismático ao extremo, esse título se consagra enternamente como O Melhor FPS de uma década! Um clássico munido de pé-de-cabra para todas as idades, e ainda têm promoção de natal na Steam, aproveite a oferta e leve de lambuja a coleção completa da saga.
  Nota Final: 4,5\5
Obrigatório!