Rewind :: Dragon Quest V



Confesso que sou um fã adepto da série Final Fantasy. O primeiro título da série que joguei na vida foi sua terceira edição, que para mim, é uma das melhores, pois trouxe o cultuado sistema de profissões, que eram ganhas quando se obtida os cristais sagrados, liberando assim, novas opções de profissão.

Esse sistema foi melhorando e ampliado de forma absurda em Final Fantasy V que é tão bom quanto. OK, mas o que diabos isso têm a ver com a série Dragon Quest ? Nada. Sim, caro leitor energúmeno, nada, estou apenas fazendo um adendo de que, eu prefiro muito mais FF que Dragon Quest, e que essa preferência foi alterada quanto eu me deparei com Dragon Quest V.

Dragon Quest V, lançado em 27 de Setembro de 1992, trouxe uma grande melhoria se comparado com seus antecessores; gráficos polidos; jogabilidade não mais baseada em Per Tile Movment; e a inclusão de um sistema de captura de monstros, que é tão bacana quanto o sistema de Profissão de FFV!




Enredo
Você acompanha um jovem herói, herdeiro do príncipe de Granbania, através de um mundo repleto de magia e muitos perigos. Junto de seu pai, Papas, o herói encontra uma série de personagens carismáticos que acabam se unindo contra uma ameaça em comum.


A narrativa desse DQV em questão é bem simples, e apenas jogando se pode ter uma ideia quanto ao seu enredo por completo, algo que irei deixar para você energúmeno que deveria estar baixando a ROM ou jogando os Remakes lançados para PS2 e DS (esse último é o mais completo, por tanto, tente joga-lo depois).


Jogabilidade: 4\5
Como estou analisando a versão de SNES, é de se esperar que a jogabilidade seja um tanto travada. Pode parecer estranho eu estar falando disso, quando DQV se trata de um RPG aos moldes clássicos, mas a realidade é que o personagem se move de uma maneira extremamente lenta! Sério, tive que fazer Frame Skipping para poder jogar sem me aborrecer de primeira, por tanto, o jogo não receberá a nota máxima nesse quesito, mas tirando isso, ele é perfeito!

As batalhas rolam apenas quando se está no Overworld ou dentro de Dugeons, que aliás, têm um ótimo design assim como o restante dos cenários. Quando se entra em batalha, surge uma espécie de janela Picture-In-Picture, que fica por cima do gameplay, abrindo em seguida a janela de ações. 

O jogador têm como opções: Atacar; Usar items; Fugir; Usar habilidades mágicas; e Domar Monstros, essa última opção depende muito de sorte e também da habilidade do jogador, se tornando um belo mini-jogo de Azar, porém é um atrativo a mais, pois qualquer monstro já confrontado por ser recrutado para sua trupe de exploradores.



Gráficos: 5\5
Que joguem pedras em meu telhado em busca de pipas se esse não for um dos RPGs mais bonitos do SNES! Óbvio que jogos como Final Fantasy VI têm gráficos melhores que DQV, mas o que me agradou aqui é a tamanha simplicidade em tudo, até mesmo nos designs de monstros, que trazem a assinatura de nada mais nada menos que Akira "Goku" Toryama!

Os cenários são muito bonitos e serenos, trazem efeitos de cair o queixo, e o clima de cada mapa é muito bom! Um exemplo é quando chegamos na segunda vila do jogo, e nos fundos do castelete iniciamos uma conversa com uma mulher, que nos conta um pequeno conto de terror. No momento em que o climax surge, o céu escurece, dando "Aquele Climax" para o momento.

Outro exemplo claro é quando chegamos no castelo onde houve a aparição dos tais fantasmas, e ao caminharmos somos surpreendidos por trovões, que fazem a tela piscar e tudo! Não teve como conter um amarelado sorriso ao ver o efeito de profundidade dos Backgrounds, ou seja, é um jogo muito bem orquestrado.


Músicas: 4\5
Sinceramente, jogo esse tipo de jogo ouvindo músicas de bandas como System of a Down, ou PodCasts, por tanto não devo ter prestado tanta atenção no quesito durante minha jornada hoje de manhã...mas, quando eu botei essa belezura pra rodar no meu Nintendo Wii ligado á uma TV de 42" em Full HD e com o som um pouco mais alto acabei de decepcionando: alguns efeitos sonoros não passam de "Pis" e as músicas não agradam tanto quanto eu esperava.

Caso esteja jogando por boas músicas (como um amigo meu costuma fazer), eu recomendo que pegue outro Dragon Quest do SNES, pois esse, apesar de ter uma otima seleçao de canções, têm em contra-partida, simplórios MIDIs, ao passo que SMW (1990) tinha praticamente, toda uma biblioteca que é venerada até hoje.

Gran Finale!
DQV me impressionou quando eu o joguei. Trouxe uma qualidade muito boa se comparada aos RPGs da época. Gráficos simples, porém muito bem desenhados e cenários tão belos quanto, porém, se tratando de músicas, ele carece de canções memoráveis de verdade. A Jogabilidade é realmente travada no começo, mas você se acostuma com o tempo, ao ponto de renegar Frame Skiping. Se busca uma boa experiência de RPG, e quer de preferência um jogo da série, e que seja fácil, vá na fé, Dragon Quest V é perfeito para você.

Nota Final: 4\5
Obrigatório!